Preguiça ou princípio de Burnout?
Olá pessoas, como vocês estão?
Fazia muito tempo que eu não aparecia por aqui e isso foi devido a esses dois últimos meses turbulentos em que eu precisei decidir se eu continuava "empregado" como PJ, ou se eu realmente era demitido e entrava para a estatística dos desempregados... Bem, eu optei pelo último.
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Foto de Markus Winkler na Unsplash |
Depois de 10 anos trabalhando para essa empresa, eu recebi a triste notícia de que para redução de custos (vulgo fugir da tributação do país), eu teria que virar um PJ para continuar exercendo o cargo no qual eu estava.
A reunião veio com aquele discursinho de que seria melhor realizar essa transição, pois assim eu ganharia mais e estaria eu mesmo cuidando do meu dinheiro, contudo vindo da pessoa para o qual eu trabalhei por 10 anos, eu sabia que não era como se a preocupação dele fosse realmente com o trabalhador, a preocupação é com ele que está tentando evitar a fiscalização e manter o mesmo padrão de vida que ele tem.
Confesso que essa notícia foi um banho de água de fria em mim, até porque o modo como havia contado a história era de que a empresa estava expandindo e não que estava realizando uma "Elisão Fiscal".
Portanto, no começo para eu não ficar desempregado até pensei em continuar, mas a decepção e angústia tomou conta de mim e o meu cansaço ficou ainda mais evidente me mostrando de que estava na hora de eu ir embora.
A vida estava me dando a chance que eu tanto pedi que era de ir embora depois de 10 anos de empresa e o motivo não era porque eu estava querendo fugir das minhas obrigações, mas porque eu na verdade estava muito imerso nelas o que estava gerando o meu esgotamento mental.
Eu já não estou mais com um sono regular e nas últimas semanas no qual eu estava tomando a decisão de sair eu não dormia quase nada, inclusive a preocupação era tanta que houve 2 dias que eu dormi no máximo umas 4 horas.
As reuniões que eu tive sobre essa situação me fizeram perceber que eu estava trabalhando demais (demais mesmo) e recebendo muito pouco por isso. Tudo ficou muito evidente quando eu reportei para o meu chefe o que estava me incomodando e ele apenas concordou comigo, dizendo que não tinha contra argumentos para me dar e que tentaria compensar aumentando um pouco do meu salário como PJ.
Só que aquilo me incomodou demais, eu comecei a relembrar todas as memórias ruins que eu tenho da nossa relação, de como muitas vezes eu tinha que fazer um esforço tremendo para conseguir ir trabalhar, o quanto era uma angústia entrar naquela sala e ter que lidar com aquelas pessoas, com ele.
O meu esgotamento estava tão alto que na sexta feira eu participei de uma reunião com mais 3 pessoas para resolver um negócio muito simples que eu mesmo poderia ter ajustado, sendo assim ao finalizá-la eu me senti tão angustiado de ter dado uma mancada dessa que assim que a reunião terminou, eu desliguei a câmera (agora no home office) e fiquei uns 5 minutos olhando para o nada e sentindo toda aquela angústia voltando novamente, me consumindo.
Fora outras questões no qual eu já estava totalmente desgastando em ver que muitas pessoas me perguntava as coisas e eu já não importava mais em dar ou não a resposta certa, eu não me importava mais em realizar com maestria aquele que era o meu trabalho. Portanto, na segunda feira de manhã eu entendi que era hora de dizer adeus, o meu instinto estava gritando para eu partir e começar uma nova jornada.
Em consequência disso, faz uma semana desde a minha retirada da empresa e agora pretendo descansar por uns 30 dias e me organizar para o meu futuro. Inclusive, estou com medo do futuro? Sim. Mas talvez seja esse medo que me inspire a buscar os meu sonhos, estudar e evoluir cada vez mais como pessoa e espero do fundo do meu coração que daqui para frente eu consiga ser mais realizado com o trabalho.
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