O Brasil é dos extrovertidos

 Olá pessoas, como vocês estão?

Por que será que para muitos ser uma pessoa quieta é um incômodo? Eu já perdi a conta sobre a quantidade de vezes que eu ouvi a fatídica frase: O Matheus entrou quieto e saiu calado.

E isso me incomoda porque eu nunca me vi na situação de responder de volta com um: Por que você tá sempre falando? Não acha que já deu de querer chamar à atenção?

Photo by Priscilla Du Preez 🇨🇦 on Unsplash

O silêncio para essas pessoas sempre será uma coisa angustiante e por isso em alguns momentos você passa por situações constrangedoras devido a inquietação de um extrovertido. Atire a primeira pedra quem nunca ouviu as frases: Você não sabe falar? Você sabe português? 

Mas para nós introvertidos/tímidos,  o silêncio é um dos momentos cruciais para entrar em contato com nós mesmos para compreender o que passa na nossa mente, para colocar as ideias no lugar. O silêncio é o meu momento de introspecção para compreender as minhas atitudes, meus desejos ou muitas vezes o melhor modo para lidar com determinada situação no meu cotidiano, mas isso não é devidamente respeitado quando se vive num país barulhento.

Eu cresci numa família extremamente extrovertida e por causa disso muitas vezes eu sentia um stress que se acumulava dentro de mim quando alguém não respeitava o meu silêncio ou espaço, era sempre uma batalha contra os meus pais que enchiam o saco para dizer que eu deveria sair do quarto, interagir mais e etc, só que para mim não havia uma necessidade de sair de casa, eu estava feliz ali.

Inclusive, sair de casa é uma das maiores cobranças também, a questão não é que eu não gosto de sair de casa, o problema é de sair para coisas banais como ver as mesmas pessoas de sempre ou para os mesmos lugares. Para mim, o sair de casa é ir viajar, conhecer novas cidades, novas culturas, observar como as pessoas circulam dentro de uma cidade, como se comportam e absorver aquele momento.

Sair de casa é legal, mas também só é legal quando é com pessoas que eu gosto e nada mais. 

Acho que talvez o que tenha se transformado nesses últimos anos não foi eu estar em casa, mas de eu ter liberdade para fazer somente aquilo que eu quero fazer sem dar satisfação para ninguém.

Por muito tempo, por eu ser uma pessoa tímida e algumas vezes não ter uma boa referência de pessoas que são tímidas e fazem o que querem, eu tentava me colocar em lugares do qual eu não fazia parte. Inúmeras vezes eu tentei participar de grupos, ou forçar ser uma pessoa mais extrovertida para caber em algum contexto e ter aquela sensação de que parecia que eu estava aproveitando a vida, mas por inúmeras vezes eu não sentia que estava me divertindo e sim um tremendo vazio em saber que aquilo não condizia com o meu eu.

Pode ser que esse seja isso um dos motivos de eu não fazer tanta questão de encontrar pessoas, ou de ter uma falta de pré disposição para encontrar pessoas em eventos ou confratenizar de alguma forma, porque eu acho que eu já ouvi tanto coisas que me incomodavam só por ser diferente, que eu criei uma espécie de aversão a lugares com muita gente falando ou querendo se aparecer para os outros.

Enfim, esse um tema que dá para elaborar muito mais e com certeza ele irá aparecer em outros posts do blog dependendo do assunto abordado.

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