Uma Hora Qualquer

Olá pessoas, como vocês estão? A exigência de ter um corpo considerado dentro do "padrão" na cultura gay é um tema que já está bem saturado em toda internet, mas aqui estou eu dando meus dez centavos para falar sobre algo que até mesmo eu já sofri dentro dessa comunidade. Foto de Alora Griffiths na Unsplash Ter um corpo padrão hoje em dia se tornou basicamente uma regra, e se você não estiver dentro desse regra você que lide com as rejeições e os demônios internos que vão tomando a sua forma a cada novo comentário babaca que você recebe nas redes sociais ou nos aplicativos de paquera... Paquera? Alguém ainda usa esse termo? Quantas vezes você já não leu/ouviu que você é até tem um rosto bonito, mas era melhor perder um pouco de peso? Essas e outras mensagens são bem comuns dentro desses aplicativos em que o seu corpo se torna uma moeda de troca. Em que para receber um afeto você precisa ser desejado, para que por sorte ocorra uma transa e você acabe ganhando um pouco de afag...

Olá pessoas, como vocês estão? É perigoso usar do discurso que você pode chegar a qualquer lugar (é só você querer) dentro de um sistema criado para nos ceifar junto com nossos sonhos, pois isso abre um pretexto bem perigoso para alguém em situação precária acreditar que ele não chegou ao sucesso por ser um fracassado. Foto de Claudia Wolff na Unsplash Esse pensamento que está fluindo sem parar dentro da minha cabeça surgiu depois que assisti um corte do Podpah com o Dexter em que eles falavam muito sobre como o discurso Favela Venceu é perigoso, e inclusive eu não vou seguir nesse raciocínio, pois acredito que seria muito apropriação da minha parte de querer de falar de favela quando na verdade eu sou alguém criado no interior de SC com certos "privilégios". Mas ainda há algumas coisas podem ser dismiuçadas por mim nesse conteúdo, em como é muito perceptível como esse sistema nos culpabiliza a todo momento de forma silenciosa. O mesmo foi desenhado para que cada um fique ex...

Seja importante, seja bem remunerado, seja adorado, seja rico, seja inteligente, seja ardiloso, seja famoso, seja extrovertido, seja alegre, seja meticuloso, seja respeitoso, seja adorado, seja criativo, seja invejável, seja um poliglota, seja alguém notável, seja saudável, seja alguém de uma aparência invejável, seja alguém que tenha dinheiro, seja importante, seja competitivo, seja o melhor, faça uma faculdade, faça um investimento, faça um trabalho social, faça com que não esqueçam de você, faça um ótimo trabalho, faça sua fortuna antes dos 30, faça algo fora da caixa, faça um ótimo discurso, faça um intercâmbio, faça uma maratona, faça uma obra de arte, faça networking, faça hora extra, faça mais cursos, tenha um carro do ano, tenha uma casa gigante, tenha uma linda esposa, tenha ótimos filhos, tenha o melhor celular, tenha uma roupa daora, tenha um tênis caro, tenha uma conta bancária de causar inveja, tenha vários amigos, tenha reconhecimento, tenha status, tenha bens materiais, ...

 Olá pessoas, como vocês estão? Não é de hoje que eu estou imerso em cansaço, em que parece que tudo o que eu faço se resume em trabalhar. Em que até nas horas lazer o meu cérebro está lá me questionando o motivo de eu não estar fazendo algo que seja produtivo. Foto de l ch na Unsplash Com essa onda de Coach e neoliberalismo assolando esse país, muitos de nós acabamos sentindo muito forte a pressão de ter que dar certo em algum nível no menor tempo possível, e inclusive essa pressão ganha um proporção ainda maior quando você está como eu, sem formação alguma, sem ideia de para onde está indo e na beirinha dos 30 anos. Nessa (e em outras horas) que as cobranças externas começam a surgir de forma sutil, com perguntas bem meticulosas como: Você ainda está naquele emprego? Não pensa em casar? Você não tem vontade de fazer uma faculdade? Já pensou em concurso público? E o inglês, já terminou? Vai morar fora? Isso muitas vezes pode ser respondido com um não, ou com um comentário qualque...

Olá pessoas, como vocês estão? Desde muito cedo eu sempre culpava o fator Brasil quando eu não conseguia determinadas coisas, eu comprava muito o discurso de que o nosso país é uma droga e que a gente deve desistir dele e migrar para outro país de primeiro mundo. Isso consequentemente me fechou para muito da nossa cultura brasileira tanto na parte da música, como das histórias e consequentemente filmes. Foto de Georgia Vagim na Unsplash Mas conforme eu estou amadurecendo como um adulto pensante,  eu ando no processo de quebrar esse preconceito em algumas partes, primeiramente eu comecei lendo autores nacionais que eu nem acreditava que eram nacionais por terem livros tão bons, Eduardo Spohr é um deles. Com o tempo eu me abri um pouquinho para a música, mas confesso que ainda estou deixando muito a desejar nesse quesito e não sei se é por não gostar muito da sonoridade, ou por preconceito, ou os dois juntos. Mas ainda há artistas que gosto de ouvir de vez em quando como Pitty ou Ch...

Olá pessoas, como vocês estão? Estava escrevendo no meu diário sobre algumas coisas até que me deparei com a lembrança de algumas pessoas postando comentários nos meus vídeos do canal dizendo que eu provavelmente estava com depressão por estar falando sobre as minhas angústias e tentando lidar com os sentimentos os expondo no Youtube. Portanto eu quis falar um pouco sobre isso hoje, pois eu sei que há pessoas com a mesma dúvida que eu tive quando comecei a me expor. Foto de Nik na Unsplash Com o passar dos anos essa vontade de falar sobre experiências de vida como dúvidas, certezas, medos, angústias e afins foram se aguçando dentro de mim, fazer isso aqui que é expressar as minhas ideias para quem tiver a vontade de ler sempre me trouxe um certo tipo de hiperfoco, eu adoro falar sobre experiências e como lidar com os sentimentos. Mas com o tempo alguns comentários começaram chegar até mim, seja pelos vídeos que estava postando na época, ou em alguma conversa nesses apps de relacioname...

 Olá pessoas, como vocês estão? Sendo esse o primeiro post do meu novo blog, acredito que seja correto eu dar algumas explicações sobre o que pretendo fazer e o motivo de ter migrado para uma plataforma que provavelmente ninguém mais consome tanto assim hoje em dia. Foto de Sincerely Media na Unsplash Eu inclusive deixei postado na aba comunidade do meu canal no Youtube, mas acredito que seja melhor destrinchar isso neste post. A verdade é que com o canal eu dei uma boa de uma cansada dele, não por achar o conteúdo ruim ou que não valha a pena, mas porque o processo de produzir é muito demorado e cansativo, exige muita preparação para pesquisar coisas para o roteiro, desenvolver o roteiro, gravar, editar, criar uma thumbnail e aí sim postá-lo. E tempo está sendo algo que está cada vez mais escasso no meu cotidiano, o meu trabalho formal está me sugando de uma forma que eu muitas vezes não tenho forças para fazer algumas coisas como estudar ou ir para a academia. Portanto, fazer o ...